segunda-feira, 13 de abril de 2009

Dica - Revista Espírito Livre

Foi lançada uma publicação digital sobre software livre, cultura geek e relacionados que promete… A Revista Espírito Livre vem com a proposta de trazer conteúdo de qualidade, produzido por uma equipe altamente competente e atuante no Brasil e exterior. Terá periodicidade mensal e seu download é gratuito.

A equipe liderada por João Fernando, da Iniciativa Espírito Livre, é composta ainda por Hélio Ferreira na edição de arte, e como colunistas e responsáveis por artigos estão Cezar Taurion (IBM), Alexandre Oliva (FSFLA), Jomar Silva (ODF Alliance), Roberto Salomon (IBM), Edgard Costa (BrOffice.org), David Ferreira (CDLivre), Cárlisson Gaudino, Lázaro Reinã, entre outros. A revista ainda conta com Rodrigo Leão e sua tirinha do Lino e Wino, e Kárlisson com o seu já popular Nérdson não vai à Escola. Eventos de software livre e afins também tem lugar garantido na agenda e em outros locais de destaque da revista. Caso seja responsável por algum evento, entre em contato conosco. A matéria de capa é sobre Computação em Nuvem e a entrevista de estréia é com Pau Garcia-Milà, criador do conhecido sistema operacional web eyeOS.


Excelentes matérias, vale a pena conferir ;-)


http://www.revista.espiritolivre.org/



sábado, 14 de março de 2009

Win-get o Apt-get para Windows

Os utilizadores de Windows já podem sentir o belo prazer de fazer o download e instalação de uma aplicação com um simples comando, graças ao win-get.
O win-get é um programa escrito em Pascal para o terminal e que funciona da uma forma semelhante ao apt-get para GNU/Linux Debian e seus derivados. Este gestor de pacotes instala 189 aplicações, como o Firefox ou o 7Zip, através do uso de repositórios de software. Se, por exemplo, desejarem instalar a versão mais recente do Firefox disponível nos repositórios, basta executarem este simples comando: win-get install firefox.
O win-get vai na versão 1.01 e download dos dois aplicativos necessários pode ser feito wget e win-get . Para terem este comando disponível em todo o sistema, basta copiarem os aplicativos para a pasta onde instalaram o Windows (normalmente C:\Windows\).

Agora até os winusers podem usufruir da ferramente apt-get, ops win-get :D

domingo, 1 de março de 2009

Entendendo e usando permissões no Linux

As permissões são um dos aspectos mais importantes do Linux (na verdade, de todos os sistemas baseados em Unix). Elas são usadas para vários fins, mas servem principalmente para proteger o sistema e os arquivos dos usuários.
Somente o super-usuário (root) tem ações irrestritas no sistema, justamente por ser o usuário responsável pela configuração, administração e manutenção do Linux. Cabe a ele por exemplo, determinar o que cada usuário pode executar, criar, modificar, etc. Naturalmente, a forma usada para determinar o que o usuário pode fazer é a determinação de permissões.
Um ponto interessante de citar é que o Linux trata todos os diretórios como arquivo também, portanto, as permissões se aplicam de igual forma para ambos. Tais permissões podem ser divididas em quatro partes para indicar: tipo, proprietário, grupo e outras permissões. O primeiro caractere da string indica o tipo de arquivo: se for "d" representa um diretório, se for "-" equivale a um arquivo. Entretanto, outros caracteres podem aparecer, já que existem outros tipos de arquivo no Linux, conforme mostra a tabela abaixo:

d => diretório
b => arquivo de bloco
c => arquivo especial de caractere
p => canal
s => socket
- => arquivo normal

É necessário ter um certo cuidado com as permissões. Por exemplo, do que adianta o usuário ter permissão de gravação se ele não tem permissão de leitura habilitada? Ele poderá ler o arquivo para poder modifica-lo? Não! De certo, isso tem utilidade em arquivos de log. Fazendo associação com as letras r, w, x e o caractere -, vamos entender cada uma:

r => significa permissão de leitura (read);
w => significa permissão de gravação (write);
x => significa permissão de execução (execution);
- => significa permissão desabilitada.

A ordem em que as permissões devem aparecer é rwx.

Muitas vezes a pessoa não sabe o que está fazendo quando dá uma permissão 777 ou 455 para um arquivo. Vou explicar mais a fundo o funcionamento do chmod.
Veja o exemplo parcial no comando ls-la

drwx------ 4 reginaldo reginaldo 4096 2009-02-10 20:26 .mozilla
drwxr-xr-x 2 reginaldo reginaldo 4096 2009-02-10 20:25 Música
-rwxr-xr-x 1 reginaldo reginaldo 6388 2009-02-28 15:19 teste
-rw-r--r-- 1 reginaldo reginaldo 95 2009-02-28 15:19 teste.c
-rw-r--r-- 1 reginaldo reginaldo 89 2009-02-28 15:14 teste.c~
-rw-r--r-- 1 reginaldo reginaldo 453 2009-02-28 15:22 teste.class
-rw-r--r-- 1 reginaldo reginaldo 152 2009-02-28 15:22 teste.java
-rw-r--r-- 1 reginaldo reginaldo 152 2009-02-28 15:21 teste.java~

trocando em miúdos:
d rwx rwx rwx

1. d: tipo de arquivo (diretório);
2. rwx: permissões do proprietário e/ou usuário;
3. rwx : permissões para usuários do mesmo grupo;
4. rwx: permissões para todos usuários.

Configurando permissões com chmod
Acima, você dever tido pelo menos uma noção do que são permissões e sua importância no Linux. Chegou a hora de aprender a configurar permissões e isso é feito através do comando chmod (de change mode). Um detalhe interessante deste comando é que você pode configurar permissões de duas maneiras: simbolicamente e numericamente. Primeiramente veremos o método simbólico.
Para ter uma visão mais clara da forma simbólica com o chmod, imagine que tais símbolos se encontram em duas listas, e a combinação deles gera a permissão:
Lista 1
Símbolo
u => usuário
g => grupo
O (letra o maiúscula) => outro
a => totos
Lista 2
Símbolo
r => leitura
w => gravação
x => execução
Para poder combinar os símbolos destas duas listas, usam-se os operadores:
+ (sinal de adição) => adicionar permissão
- (sinal de subtração) => remover permissão
= (sinal de igualdade) => definir permissão

Para mostrar como essa combinação é feita, vamos supor que você deseje adicionar permissão de gravação no arquivo teste.c para um usuário. Então o comando a ser digitado será:
chmod u+w teste.c
O ?u? indica que a permissão será dada a um usuário, o sinal de adição (+) indica que está sendo adicionada a permissão e ?w? indica que a permissão que está sendo dada é de gravação.
Caso você queira dar permissões de leitura e execução ao seu grupo, o comando será:
chmod g+rw teste.c

Também se pode trabalhar com valores decimais de 0 a 7. Cada valor tem uma combinação de permissões pelos 3 grupos de caracteres que expliquei acima. Vamos à elas.

0 : --- (nenhuma permissão)
1 : --x (somente execução)
2 : -w- (somente escrita)
3 : -wx (escrita e execução)
4 : r-- (somente leitura)
5 : r-x (leitura e execução)
6 : rw- (leitura e escrita)
7 : rwx (leitura, escrita e execução)

Exemplos:
#chmod 740 arquivo.txt
atribui permissão de leitura, escrita e execução (7) para o dono do arquivo, somente leitura para os usuários do mesmo grupo (4), e nenhuma permissão para outros usuários.

#chmod 640 arquivo2.txt
atribui permissão de leitura e escrita (6) para o dono do arquivo, somente leitura para os usuários do mesmo grupo (4), e nenhuma permissão para outros usuários

Dica:
Para você não perder dono e grupo definidos anteriormente, use o número 4 antes das permissões:
# chmod -R 4777 pasta

Só o dono do arquivo possa removê-lo
#chmod -R 1777 pasta

Status

Estar letras que aparecem junto com as permissoes (chmod u=rwx), são chamadas de status. Abaixo segue algumas dicas interessantes a respeito dos tipos de status. Para maiores informaçoes, você pode acessar a manpage stat.

Sequencia de formatos validos para arquivos (sem filesystem)
%a acesso direita octal
%F tipo de arquivo
%f cru modalidade hex
%G nome do proprietário do grupo
%g ID do proprietario do grupo
%n nome do arquivo
%U nome do proprietario
%u id do proprietario
%x horario do ultimo acesso
%y da última vez da modificação
Sequencia de formatos validos para file system
%a blocos livres para usuarios comuns
%b tamanho de um arquivo do sistema
%n nome do arquivo


Para apagar todas as permissões da pasta do user
# chmod a-rwx

Para fazer com que só o user mexa nos seus arquivos:
# chmod u=rwx

é o mesmo que
chown user.user -R /home/user
chmod 740 -R /home/user

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Uso de comandos no GNU Linux

Para qualquer iniciante, um dos grandes problemas é se acostumar a executar ações através das linhas de comandos. Embora em muitas distribuições as interfaces gráficas se tornaram muito dinâmicas e simples, devemos ter consciência da importância e praticidade, em muitos casos, do uso do terminal, segue alguns comandos essenciais para começar a se virar um pouquinho mais com essa poderosa ferramenta:

    Para descompactar arquivos em:

zip:

$unzip nomedoarquivo.zip

rar:

$rar x nomedoarquivo.rar

tar:

$tar xf nomearquivo.tar

tar.gz:

$tar -vzxf nomedoarquivo.tar.gz

tar.bz2:

$tar -vxjpf nomedoarquivo.tar.bz2

    Para configurar uma conexão adsl

$sudo pppoeconf

Para instalar um programa com extensão .deb

$sudo dpkg -i pacote.deb

Listar um diretório

ls

exemplo : teste@teste-laptop:~$ ls


opções

-a, –all Lista todos os arquivos (inclusive os ocultos) de um diretório.

-A, –almost-all Lista todos os arquivos (inclusive os ocultos) de um diretório, exceto o diretó-

rio atual e o de nível anterior.

-d, –directory Lista os nomes dos diretórios ao invés do conteúdo.

-f Não classifica a listagem.

-h, –human-readable Mostra o tamanho dos arquivos em Kbytes, Mbytes, Gbytes.


Para localizar em qual diretório está

pwd

exemplo:

teste@teste-laptop:~$ pwd

/home/teste

Para mudar de diretório

cd diretório

exemplo:

para entrar num diretório : teste@teste-laptop:~$ cd /home/

para sair de um diretório : teste@teste-laptop:~$cd .. (isso mesmo, esses dois pontos após o espaço indicam para retornar ao diretório anterior)

opções:

Usando cd sem parâmetros ou cd ~, você retornará ao seu diretório de usuário (diretó-

rio home).

cd /, retornará ao diretório raíz.

cd -, retornará ao diretório anteriormente acessado.

cd .., sobe um diretório.

cd ../[diretório], sobe um diretório e entra imediatamente no próximo (por exem-

plo, quando você está em /usr/sbin, você digita cd ../bin, o comando cd retorna

um diretório (/usr) e entra imediatamente no diretório bin (/usr/bin).


Remover arquivos

rm arquivo

exemplo:

teste@teste-laptop:~$rm brasero.toc ( caso já esteja no diretório do arquivo a ser removido )

teste@teste-laptop:~$ rm /home/teste/brasero.toc ( informando o caminho para o arquivo )


Copiar arquivos

cp caminhoDeOrigem/arquivo caminhoDestino

exemplo:

teste@teste-laptop:~$ cp brasero.toc /home/teste/diretorio ( caso já esteja no diretório do arquivo a ser removido )

teste@teste-laptop:~$ cp /home/teste/texto /home/noellen/diretorio ( informando o caminho para o arquivo )

Mover arquivos

mv arquivo caminhoParaOndeSeráMovido

teste@teste-laptop:~$ mv brasero.toc /home/teste/diretorio( caso já esteja no diretório do arquivo a ser movido )

teste@teste-laptop:~$ mv /home/teste/arquivo /home/teste/diretorio ( informando o caminho para o arquivo )

Para descobrir qual o kernel da distribuição usada

$uname -r

exemplo:

teste@teste-laptop:~$ uname -r

2.6.27-11-generic

Mostrar a data do sistema

$date

exemplo:

teste@teste-laptop:~$ date

Qui Fev 26 19:59:22 BRT 2009


Para definir as permissões de acesso de leitura, gravação e execução para donos, grupos e outros usuários

#chmod

exemplo:

teste@teste-laptop:/#chmod 750 arquivo.txt

Montar um dispositivo

# mount opções dispositivo pontoDeMontagem

Descobrir os processos que estão sendo executados

ps

exemplo:

teste@teste-laptop:~$ ps

PID TTY TIME CMD

6575 pts/0 00:00:00 bash

6601 pts/0 00:00:00 ps


Mostrar os programas em execução ativos, parados, tempo usado na CPU, detalhes sobre o uso da memória RAM, Swap, disponibilidade para execução de programas no sistema


top

teste@teste-laptop:~$ top

top - 20:11:10 up 46 min, 2 users, load average: 0.25, 0.16, 0.10

Tasks: 135 total, 2 running, 133 sleeping, 0 stopped, 0 zombie

Cpu(s): 6.8%us, 1.8%sy, 0.0%ni, 91.4%id, 0.0%wa, 0.0%hi, 0.0%si, 0.0%st...



Abaixo algumas teclas úteis:

espaço - Atualiza imediatamente a tela.

CTRL+L - Apaga e atualiza a tela.

h - Mostra a tela de ajuda do programa. É mostrado todas as teclas que podem ser usadas

com o top.

i - Ignora o tempo ocioso de processos zumbis.

q - Sai do programa.

k - Finaliza um processo - semelhante ao comando kill. Você será perguntado pelo

número de identificação do processo (PID). Este comando não estará disponível caso

esteja usando o top com a opção -s.

n - Muda o número de linhas mostradas na tela. Se 0 for especificado, será usada toda a

tela para listagem de processos.


Interrompendo a execução de um processo

Para cancelar a execução de algum processo rodando em primeiro plano, basta pressionar as teclas CTRL+C. A execução do programa será cancelada e será mostrado o aviso de comando. Você também pode usar o comando ‘kill’ on the next page para interromper um processo sendo executado.

Criando diretórios

$mkdir caminho/diretório

exemplo:

teste@teste-laptop:~$ mkdir /home/teste/criandoDiretorio

Removendo diretórios

$rmdir caminho/diretório

exemplo:teste@teste-laptop:~$ rmdir /home/teste/criandoDiretorio


Clear

Limpa a tela e posiciona o cursor no canto superior esquerdo do vídeo.

teste@teste-laptop:~$/home/teste$clear

Free

Mostra detalhes sobre a utilização da memória RAM do sistema.

free

teste@teste-laptop:~$free

Para entrar como super usuário

su ( necessário possuir a senha de super usuário)

sudo su

exemplo:

teste@teste-laptop:~$ su

Sennha:


teste@teste-laptop:~$ sudo su


Reiniciar o computador

reboot

Mostrar qual usuário está conectado ao computador

who

exemplo:

teste@teste-laptop:~$ who

teste tty7 2009-02-26 19:25 (:0)...


Mostrar usuário (username)

logname

teste@teste-laptop:~$ logname

teste

Esses exemplos foram apenas para dar aquele gostinho de quero + + + + + + + , é muito importante se aprofundar, há excelentes apostilas e tutoriais que tratam do assunto na internet, um dos mais recomendados é o guia foca, que por sinal serviu também como base para essas dicas, vamos lá, nada de medo ou preguiça, só abrir o terminal e testar todos ;-)



Bem vindos ao mundo da tecnologia e do Open Source

Bem vindos a mais uma fonte de informação tecnológica,. Compartilharemos conhecimento de uma forma simples, direta e interessante, prestando ajuda a todos. Serão apresentados assuntos referente a tecnologia em geral, mas com uma atenção especial ao Open Source. E para começarmos bem, nada melhor do que entender sobre esse mundo, sobre essa “revolução silenciosa e digital” que estamos presenciando e participando. Bem, vamos entender o que é esse Open Source. Como o próprio termo traduzido mostra, o “código aberto”, também conhecido como “Software Livre”, é aquele que respeita as quatro liberdades definidas pela Free Software Foundation. Liberdades estas que são:
1ª liberdade:
A liberdade de executar o software, para qualquer uso.
2ª liberdade:
A liberdade de estudar o funcionamento de um programa e de adaptá-lo às suas necessidades.
3ª liberdade:
A liberdade de redistribuir cópias.
4ª liberdade:
A liberdade de melhorar o programa e de tornar as modificações públicas de modo que a comunidade inteira beneficie da melhoria.

Hoje, seguindo esse conceito, temos diversos softwares que se enquadram nessa filosofia. Dentre os mais comuns, estão os Sistemas Operacionais GNU Linux. Neste sistema, o componente do kernel é o Linux. O restante do sistema consiste de outros programas, muitos dos quais escritos por, ou para, o GNU Project. Como o kernel sozinho não forma um sistema operativo utilizável, é preferível utilizar o termo “GNU/Linux” para nos referirmos aos sistemas a que muitas pessoas vulgarmente chamam de “Linux”. Esse nome, Linux, surgiu da junção de Linus (Linus Benedict Torvalds, originalmente o criador do kernel) e Unix ( um sistema operativo modelo para o Linux).

O melhor do GNU Linux, é o fato de ninguém tê-lo como propriedade, ao contrário, muito do seu desenvolvimento é feito por voluntários não pagos. Isso proporciona uma liberdade também para os usuários, pois esse desenvolvimento compartilhado, contribuiu para o que chamamos de “Distribuições”, que é um pacote com uma versão atual do Kernel, junto com um grande número de programas, um instalador, ferramentas de configuração, etc. As distribuições variam de pequenos conjuntos de programas, destinados a alguma aplicação específica, até um sistema completo com vários CDs, destinados ao uso geral. E felizmente existem várias delas.

O Linux já é muito usado no mercado de servidores, e está cada vez mais presente para usuários domésticos. A visão de complexo e restrito a profissionais, está dando lugar as verdadeiras vantagens, como segurança, estabilidade, acessibilidade, dentre outras. E a cada dia, tende a crescer ainda mais.

Embora provavelmente a forma mais fácil de obter o Linux seja através dos CDs distribuídos como brinde em diversas revistas, o jeito mais fácil de obter sua cópia sem desembolsar nada a mais é através do download de imagens ISO, que são arquivos trazendo o conteúdo completo de um sistema, prontos para serem gravados em um CD, permitindo assim que você obtenha cópias idênticas de um CD original. Agora é só aproveitar essa oportunidade, usar e contribuir.